sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Lei do Mérito

Se presumes que Deus cria seres privilegiados para incensar - lhe a grandeza , pensa na justiça , antes da adoração .
        Para isso ,basta lembrar as circunstâncias constrangedoras , em que desencarnaram quase todos dos grandes vultos da ciências , das religiões e das artes , que marcaram as idéias do mundo , nas linhas da emoção e da inteligência .
          
        Dante , exilado .
        Leonardo da Vinci , semiparalítico .
        Colombo , em desvalimento .
        Fernão de Magalhães , trucidado .
        Galileu , escarnecido .
        Bhering , faminto .
        Lutero , perseguido .
         Calvino , endividado .
        Vicente de Paulo , paupérrimo .
        Spinoza , indigente .
         Milton , privado de visão .
         Lavoisier , guilhotinado .
         Beethoven , surdo .
         Mozart , em penúria extrema .
         Braille , tuberculoso .
         Lincon , assassinado .
          Joule , inválido  .
         Curie , esmagado sob as roda de um carro .
         Lilienthal , num desastre de aviação .
         Pavlov , cego .
         Gandhi , varado a tiros .
         Gabriela Mistral , cancerosa .
         E se gênios da altura de Hugo e Pasteur , Édson e Einstein , partiram da terra sob consagrações apoteóticas , é forçoso reconhecer que passaram entre os homens , junto à bigorna do trabalho constante .
         Cada consciência é filha das próprias obras .
         Cada conquista é serviço de cada um .
         Deus não tem prerrogativas ou excessões .
         Toda glória tem preço .
          É a lei do mérito que nem Jesus escapou .



                                                       Francisco Xavier
        
      

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