Sem dúvidas , em tais condições , não acreditariam que o verdadeiro fosse outra coisa senão as sombras dos objetos ... E quando um deles fosse libertado e obrigado repentinamente a erguer-se , virar o pescoço , caminhar e olhar para a luz ... nõ sentiria dor nos olhos e fugiria voltando -separa as sombras que pudesse olhar, e não creriam que estas fosse mais claras do que os objetos mostrados ? E se alguem o arrastasse à força para a áspera e árdua saída e não o largasse antes de havê - lo conduzido à luz do sol , não se queixaria e não se irritaria ao ser arrastado .E depois , chegando à luz e com os olhos deslumbrados poderia ver alguma das coisas verdadeiras ?Em princípio , veria mais facilmente as sombras , e depois as imagens dos homens refletidas na água e , depois , os próprios corpos . Em seguida os corpos celestes e , o mesmo céu , ser - lhe - ia mais fácil olhá - lo à noite ... e , por último ... o Sol ...por si mesmo ... e após isso , enfim , compreenderia que este (o Sol ) ... regula todas as coisas na região visível e é causa também , de certo modo , de todas aquelas (sombras )que eles viam ... Pois bem , recordando a morada interior...não creiam que ele se felicite pela mudançae sinta comiseração pela sorte dos outros ?...Em verdade ele preferiria qualquer sofrimento àquela vida(de antes)-Ele(o prisioneiro) compreenderia que todos prisioneiros estavam enganados .
Platão . A República .
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